Osteoporose e a odontologia

Em 20 de outubro, celebra-se o Dia Mundial de Combate à Osteoporose; atenção deve ser redobrada em relação à saúde bucal de pessoas com a comorbidade

Você sabe qual a relação entre a osteoporose e a odontologia? Em 20 de outubro, celebra-se o Dia Mundial de Combate à Osteoporose, data que alerta para os cuidados com a saúde óssea, incluindo em relação à saúde dos dentes e às periodontites.

A osteoporose se caracteriza por uma redução da parte óssea. Isto é, o osso, composto por células que se renovam continuamente, passa a demorar mais para que esse processo aconteça, fazendo com que ele perca a qualidade da sua constituição, tornando-se mais frágil.

De acordo com a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), aproximadamente 10 milhões de pessoas convivem com a osteoporose no Brasil, sendo que apenas 20% — cerca de 2 milhões — delas sabem que têm a doença.

Osteoporose e a odontologia: qual a relação

Quando se fala na osteoporose, a principal relação é feita com a estrutura do corpo e a fragilidade óssea, especialmente dos membros inferiores e superiores. Mas essa condição também pode afetar a estrutura óssea da boca, interferindo em procedimentos, como a realização de implantes.

“A fragilidade óssea pode ser um impeditivo para a realização de implantes, por isso os exames de imagem são imprescindíveis antes da realização do planejamento cirúrgico. É preciso avaliar a situação da boca como um todo, o que inclui os dentes e a estrutura óssea”, comenta Sergio Correia, dentista em Curitiba com especialização em Implantodontia.

Dependendo do grau da osteoporose, o implante pode não se fixar, interferindo no sucesso do tratamento.

Diagnóstico e tratamentos

Existem análises específicas para identificar a osteoporose, como a densitometria óssea, que mede a densidade dos ossos. Exames de sangue também podem avaliar a quantidade de cálcio, fósforo e fosfato, elementos que têm relação com os ossos. 

Os profissionais também consideram fatores como idade e gênero, que interferem nesses indicadores. Mulheres na menopausa, por exemplo, têm mais propensão à doença.

Em relação à odontologia, exames de imagem, como a radiografia panorâmica, identificam alterações ósseas e a qualidade do osso. Além dos implantes, procedimentos que envolvem qualquer tipo de recorte nos ossos faciais podem ser prejudicados em razão da potencial dificuldade de recuperação.

Para tratar a osteoporose, é preciso inicialmente identificar o que provocou a condição, já que as causas podem ser inúmeras. O principal objetivo é repor a qualidade dos ossos e fortalecê-los, seja com suplementação ou com o aumento da ingestão de alimentos que contribuem para a saúde óssea.

A atenção à osteoporose é um cuidado imprescindível antes da realização de qualquer procedimento, mas há necessidade também de um monitoramento constante da saúde bucal. 

“É preciso que o paciente com osteoporose tenha um acompanhamento odontológico frequente, para que a higienização completa se mantenha constante e a saúde bucal em perfeitas condições”, salienta Correia, que atende em seu consultório localizado no Batel, em Curitiba.