O estresse e a perda de dentes

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Pessoas estressadas têm mais probabilidade para as doenças periodontais, dizem estudos

Você sabia que a correria do dia a dia e o estresse podem causar sérios problemas periodontais, chegando até a perda de dentes?

Essa afirmação foi feita por um estudo da Unicamp, de São Paulo, e aconteceu com a atriz Demi Moore há alguns anos. Ela perdeu dois dentes da frente e atribuiu a culpa ao estresse. Ficar atento aos hábitos do cotidiano é sempre importante para a saúde bucal.

O estudo da Unicamp analisou dois tipos de impacto do estresse no organismo: o impacto biológico e o comportamental. No âmbito biológico, o quadro aumenta os níveis hormonais, como de cortisol, crescendo a probabilidade de inflamações, que podem levar às doenças periodontais.

“Não quer dizer que perderei os dentes se estou estressado. Na verdade, o estresse pode desencadear inúmeras coisas, como baixar a imunidade, aumentar as chances de inflamações e, aí sim, resultar em uma doença periodontal ou a perda do dente”, explica Sergio Correia, dentista em Curitiba há mais de 20 anos.  

Estudo do comportamento

Já na parte comportamental, o estudo mostra que pessoas estressadas tendem a se preocupar menos com a higiene e com a alimentação, deixando a boca mais suscetível às bactérias. 

“Pessoas fragilizadas deixam a higiene bucal de lado, abrindo portas para as doenças periodontais”, afirma Correia. O mesmo vale para o consumo de mais açúcares, tabaco e álcool.

Outra influência do estresse está no sono, que quando muito agitado pode causar o bruxismo, isto é, o ranger dos dentes.

“O bruxismo afeta cerca de 20% da população brasileira e, normalmente, está associado ao estresse. Essa pressão do ranger pode abalar os dentes, desgastando, causando sensibilidade e, até mesmo, a perda do dente”, diz o profissional, que trata as doenças periodontais em seu consultório no Batel.

Perda de dentes

Um outro estudo também da Unicamp mostrou que mais de um terço das pessoas avaliadas tiveram uma ou mais perda de dentes. A pesquisa teve como ponto principal identificar as incidência e as causas e os fatores que levam a queda dos dentes.

“Muita gente pensa que é natural a perda dentária com o avanço da idade, mas isso não é a regra”, comenta Correia. Do total do estudo, que foi iniciado com 248 voluntários e se encerrou com 143 adultos, foram perdidos 130 dentes em um período de quatro anos.

Dentre as razões para o alto número encontrado no estudo, está a falta de visita periódica ao dentista. A manutenção, com limpeza dos dentes e remoção de tártaros ou da placa bacteriana, deve acontecer de seis em seis meses, para evitar o acúmulo de sujeira, que pode levar a doenças mais graves e a consequente perda dos dentes.

“Normalmente, os primeiros dentes a serem afetados são os molares, que têm como principal função a mastigação. Sem contar a parte estética, que fica bastante afetada com quando há falhas na arcada dentária”, explica o dentista.

O que fazer para evitar perda de dentes?

– A higienização regular e completa, que inclui a visita periódica ao dentista, está no topo da lista dos deveres do paciente. Não esquecendo sempre da boa escovação, uso do fio dental e do enxaguante bucal, principalmente a noite, período em que os dentes ficam mais tempo sem proteção.

– Atente-se à saúde como um todo, pois ela pode sofrer influência da saúde bucal, como já dissemos neste post, que mostra a relação das doenças periodontais com problemas cardíacos, por exemplo.

Não deixe de prestar atenção nos seus hábitos e a saúde bucal, além de visitar o dentista periodicamente. A sua saúde e o seu sorriso agradecem!