Cálculo dental, salivar, tártaro: você sabe a diferença entre eles?

Problemas comuns na rotina odontológica devem ficar na mira dos pacientes, que podem prevenir com cuidados básicos e consultas de rotina

É muito comum a ida ao consultório odontológico para realizar o check-up periódico e ouvir do profissional: “vamos retirar o cálculo (ou tártaro) presente na boca”, não é mesmo? 

Isso porque quase 90% da população sofre com algum tipo de problema bucal, e o tártaro é o mais comum entre eles, de acordo com o Ministério da Saúde. 

Apesar dos nomes diferentes, cálculo e tártaro são a mesma coisa. 

Presente em grande parte da população, o tártaro é aquele restinho de alimento que não foi retirado por completo durante a escovação. Com o tempo, ele vai se acumulando na superfície do dente e na gengiva, ficando mais rígido e de difícil remoção.

Tanto a placa bacteriana quanto o tártaro são indesejáveis. Afinal, quem gosta de dentes amarelados, manchados e com aspecto sujo? Pois bem, as placas se acumulam nos dentes e, quando não removidas e em contato com a saliva, endurecem. Aí vem o tártaro ou cálculo!

“O tártaro é a placa bacteriana que endurece nos dentes ou na gengiva, interferindo na aparência estética do sorriso ou resultando em problemas mais sérios”, afirma o dentista Sergio Correia.

De cor amarelada, o tártaro pode trazer outras complicações, como gengivites e periodontites, quadros mais complexos e que exigem mais atenção.

O que causa o tártaro?

Além da má escovação, alguns alimentos podem intensificar o problema, já que o tártaro absorve as manchas com mais facilidade. O consumo excessivo de alimentos refinados e muito ácidos aumenta as chances do amarelamento nos dentes.

Como saber se tenho tártaro?

O tártaro é visível, diferente da placa bacteriana. 

Normalmente se acumula na base do dente, próximo à gengiva. Apesar do fácil diagnóstico, a retirada completa e bem feita deve ser realizada pelo profissional da odontologia.

“O dentista utiliza os materiais certos para fazer a raspagem do tártaro que, dependendo da intensidade, pode ser trabalhosa e profunda”, explica Correia.

Tem tratamento?

Uma vez que o tártaro está formado no dente, somente um dentista poderá resolver o problema. 

Isto se dá pelo fato de as placas calcificadas não saírem com a escovação apenas, sendo necessário a raspagem realizada em consultório. O uso de instrumentos e técnicas específicos deixará os dentes limpos novamente.  

Como evitar o tártaro?

Para evitar que o tártaro se forme, Correia é enfático: boa escovação, uso diário de fio dental e enxaguante bucal, além da visita periódica ao consultório. 

“Só assim podemos prevenir, realizando a limpeza de tempos em tempos e instruindo nos cuidados diários”, diz.

Um tártaro não cuidado pode resultar em gengivite, mau hálito e aumento da sensibilidade nos dentes, com a retração gengival.

Cálculo salivar

Um pouco diferente do cálculo nos dentes, mas bem próximo dos cálculos renais, por exemplo, o cálculo salivar se forma pelo acúmulo de sais minerais na saliva. 

Entre os sintomas do cálculo salivar, estão o mau hálito, as dores e os inchaços, além de inflamações e infecções. Alterações no paladar também podem ser observadas, como gosto metálico ou uma diminuição da sensação dos gostos.

Como os cálculos salivares são formados?

Sabemos que o cálculo dental é formado pelo acúmulo de bactérias, mas e o salivar? 

Além da predisposição genética e do uso de medicamentos como anti-histamínicos e anti-hipertensivos por longos períodos, a desidratação é fator preponderante para a formação de cálculo salivar.

A saliva é composta quase que 90% por água, e a desidratação aumenta a viscosidade e o acúmulo dos minerais. Bons hábitos alimentares, higienização frequente, manter-se longe do álcool e tabaco também são ações que previnem o cálculo salivar – e o dental.

Não deixe de consultar um dentista periodicamente. Ele pode identificar problemas bucais que você muitas vezes nem sequer imagina. E o tratamento precoce ajuda a evitar quadros mais graves.

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