Apneia do sono? Um dentista pode ajudar

Dependendo do grau de intensidade da apneia do sono, um aparelho odontológico pode minimizar os sintomas e desconfortos

Você já ouviu falar em apneia do sono? O problema tem como característica as interrupções constantes na respiração enquanto dorme, causada pelo relaxamento dos músculos da garganta, que obstruem as vias de entrada de ar e impedem uma noite de sono relaxada. O resultado disso são os ruídos e o incômodo ronco. Mas, neste caso, o ronco é o mal mínimo: a apneia pode causar engasgos e redução da entrada de oxigênio no corpo, resultando em arritmia cardíaca e hipertensão.

“Um aparelho intraoral, para liberar a via respiratória e facilitar a passagem de ar, pode diminuir os sintomas da apneia, melhorando a qualidade do sono do paciente e, consequentemente, a sua qualidade de vida, minimizando problemas como cansaço e falta de concentração no dia seguinte”, relata o dentista Sergio Correia, especialista em periodontia e dentística restauradora em Curitiba.

Diversos níveis

A apneia tem diversos níveis, e o aparelho costuma funcionar em pacientes com grau leve a moderado da doença. Muitas vezes, as pessoas que sofrem com o problema nem sequer conseguem perceber que param de respirar por instantes enquanto dormem, sentindo os sintomas no dia seguinte, como cansaço e fadiga, entre outros.

Outros sinais que podem ser observados e devem ser considerados são respiração ofegante e a dor de cabeça posterior. “Como o paciente não percebe ou não sabe que sofre de apneia do sono, o ideal é ficar atento a esses sintomas posteriores, para procurar ajuda, especialmente se forem situações constantes”, salienta o dentista.

Um dos fatores de risco para a apneia é um encurtamento no maxilar inferior, que empurra a língua relaxada para trás, causando o bloqueio da garganta. “Esse aparelho ajuda a puxar a mandíbula para frente para liberar a via respiratória, evitando os engasgos”, destaca Correia.

O tratamento com o aparelho não é invasivo, tem fácil adaptação e não interfere na mordida ou cotidiano do paciente. O modelo é feito junto ao dentista, sendo de uso pessoal, assim como as escovas de dente.

Outros fatores que podem desencadear o problema são o uso de sedativos, sobrepeso, tabagismo e o aumento das amígdalas e adenoides, além de dormir de barriga para cima.

Diagnóstico

Além da observação dos sintomas, é possível diagnosticar a apneia do sono com um exame chamado polissonografia, que mostra quantas vezes o paciente deixou de respirar durante uma noite de sono. Até o nível 5, ela é considerada normal, sendo grave acima de 30 vezes.

“Casos graves de apneia devem ser tratados por outros meios, pois a chance do aparelho por si só resolver é mínima”, diz o profissional. Cuidar do excesso de peso e dos hábitos de saúde podem ser um bom começo para dizer adeus aos roncos.

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